sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Brigadas desminam reservas fundiárias para a construção de habitações sociais

 

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As brigadas de desminagem limparam, este ano, na Huíla 10.490.819 metros quadrados de terras, que foram devolvidos à agricultura e onde podem ser construídas casas sociais, disse o vice-governador para o sector político e social.
José Nataniel fez o anúncio ao apresentar o balanço das actividades da comissão intersectorial provincial de desminagem e assistência humanitária. O também coordenador provincial de desminagem afirmou que a acção desenvolvida este ano abrangeu os campos de aviação dos municípios da Matala, Caluquembe, Jamba mineira, Quipungo, Chicomba, Lubango, Chipindo, Quilengues, Chicomba e Caconda, bem como áreas de cultivo e vias de acesso.
Como resultado do processo de desminagem realizado por especialistas de várias brigadas, referiu, foram retiradas e destruídas, entre outro material, 1.740 minas anti pessoal, cinco anti tanque, 7.991 munições diversas e metais em quantidade não calculada.
As operações de desminagem na província, acrescentou, abrangeram também as montanhas de Matoti, as áreas mineiras de Mupopo, Erema, Baca ya Mitchia, Tchamutete, as reservas fundiárias do Estado, aeródromos municipais, as áreas entregues à população na zona adjacente à barragem da Matala, sede do sector de Hondeke, Mucuio, no Quipungo e Tchamutete, bem como a ponte sobre o rio Kalonga. Nas operações participaram brigadas do Instituto Nacional de Desminagem, das Forças Armadas Angolanas, da Halo Trust, Blief Tecno, da EDJESS Lda e da V.D.S.

Educação sobre o risco de minas

Mais de 800 habitantes dos municípios de Quipungo, Matala e Jamba beneficiaram de acções de educação sobre os risco das minas, mas José Nataniel disse que apesar de ter havido “uma certa evolução na mudança de atitudes da população”, os operadores de desminagem vão continuar a desenvolver acções de sensibilização. A comissão nacional intersectorial de desminagem e assistência humanitária na Huíla registou, até este mês, seis acidentes, nos municípios da Cacula, Caluquembe, Caconda, Lubango, Humapata e Jamba, com minas e outros materiais explosivos que provocaram dois mortos e quatro feridos.
José Nataniel anunciou a continuação do levantamento das áreas minadas e suspeitas de estarem, constem ou não do banco de dados, iniciado este ano na Huíla, que é realizado pela Organização Não-Governamental Clube de Jovens, em colaboração com o governo da província, sobas e agentes da Polícia Nacional.  Até agora os trabalhos foram feitos nas comunas da Huíla, Arimba, Quilemba e Hoque. A Organização Não-Governamental AMMIGA aconselhou as vítimas de minas na província a fazerem parte de associações organizadas para terem acesso ao apoio do governo e a actualizarem os dados eleitorais e a terem cédulas de nascimento.  O vice-governador lembrou que foram criadas cooperativas agrícolas “para beneficiar as vítimas das minas e outros deficientes físicos”.
O sector político e social do governo provincial, referiu, tem o registo de 209.816 pessoas que são assistidas, 4.449 das quais no Centro de Informação Comunitária.

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