Deputado Alfredo Berner
Fotografia: Domingos Mucuta| Lubango
Alfredo Berner, deputado à Assembleia Nacional, foi posto à prova no regresso à aldeia de Kuilo-Galileia, município de Caluquembe, província da Huíla, sua terra natal. Participou na cerimónia de inauguração da escola primária de seis salas na aldeia da comuna de Calepi, situada a 19 quilómetros de Caluquembe. A emoção foi mais forte, ao ouvir crianças e adultos a entoarem com euforia os cânticos da terra, no acto de entrega à população da primeira escola, construída de raiz na localidade desde a conquista da Independência Nacional.
Alfredo Berner compara o passado e o presente da região. As tristes lembranças da guerra são ofuscadas pela realidade actual, porque crianças e adultos da localidade têm condições para estudar e conseguir assim um futuro risonho.
“Fiz aqui a iniciação. Naquele tempo estudar era difícil, foi graças às missões evangélicas, situadas a 30 quilómetros da aldeia, que estudei”, explica. Ele e outros finalistas do ensino primário foram obrigados a partir para o Lubango, Huambo ou Benguela, por falta de escolas na terra natal.
O estatuto conquistado por Alfredo Berner, como deputado e docente universitário, inspira as crianças e os jovens da localidade a apostarem nos estudos. O aluno da quarta classe, José Humba, prometeu que vai aproveitar as condições da nova escola para estudar muito, pois quer ser professor universitário.
O professor João Camosso diz que os 720 alunos da escola têm o deputado como um espelho, porque “Alfredo Berner é um orgulho da aldeia, como deputado e professor universitário, ele conseguiu vencer barreiras para se formar”.
O deputado Alfredo Berner diz que hoje os tempos são outros, já que a população tem condições económicas e sociais que “os nossos pais e as crianças daquele tempo nunca sonharam ter”. Por isso, Alfredo Berner aconselhou os pais da comunidade a tratarem bem da nova escola e incentivarem as crianças a estudar cada vez mais por serem o futuro da Nação.
“Estou satisfeitíssimo, porque há muitos anos que lutamos para a construção de uma escola aqui na aldeia, mas só hoje concretizamos o sonho. Todos estão contentes, por acolher esta obra que vai servir os nosso filhos e netos”, disse o deputado Alfredo Berner.
Alfredo Berner compara o passado e o presente da região. As tristes lembranças da guerra são ofuscadas pela realidade actual, porque crianças e adultos da localidade têm condições para estudar e conseguir assim um futuro risonho.
“Fiz aqui a iniciação. Naquele tempo estudar era difícil, foi graças às missões evangélicas, situadas a 30 quilómetros da aldeia, que estudei”, explica. Ele e outros finalistas do ensino primário foram obrigados a partir para o Lubango, Huambo ou Benguela, por falta de escolas na terra natal.
O estatuto conquistado por Alfredo Berner, como deputado e docente universitário, inspira as crianças e os jovens da localidade a apostarem nos estudos. O aluno da quarta classe, José Humba, prometeu que vai aproveitar as condições da nova escola para estudar muito, pois quer ser professor universitário.
O professor João Camosso diz que os 720 alunos da escola têm o deputado como um espelho, porque “Alfredo Berner é um orgulho da aldeia, como deputado e professor universitário, ele conseguiu vencer barreiras para se formar”.
O deputado Alfredo Berner diz que hoje os tempos são outros, já que a população tem condições económicas e sociais que “os nossos pais e as crianças daquele tempo nunca sonharam ter”. Por isso, Alfredo Berner aconselhou os pais da comunidade a tratarem bem da nova escola e incentivarem as crianças a estudar cada vez mais por serem o futuro da Nação.
“Estou satisfeitíssimo, porque há muitos anos que lutamos para a construção de uma escola aqui na aldeia, mas só hoje concretizamos o sonho. Todos estão contentes, por acolher esta obra que vai servir os nosso filhos e netos”, disse o deputado Alfredo Berner.
Dúvidas dissipadas
As dúvidas da população do sector de Cambuena, na comuna de Negola, estão dissipadas e ultrapassadas. A escola desejada pelos habitantes da localidade foi inaugurada e dispõe de seis salas de aulas, devidamente equipada, gabinete do director e área administrativa.
A escola de Cambuena e outros empreendimentos sociais, inaugurados em Calquembe pelo vice-governador para a Área Técnica e
Infra-estruturas, Nuno Mahapi, foram financiados pelo Programa
Municipal Integrado de Desenvolvimento e Combate à Pobreza.
No próximo ano lectivo, a escola primária vai receber 720 alunos no
ensino primário que estudavam ao relento. A comunidade quer
aproveitar também a nova escola para o ensino inclusivo da quinta à nona classe de adultos.
“Duvidámos que alguma vez tivéssemos aqui uma escola como esta, mas a realidade está à vista, neste novo edifício. É um momento de alegria porque um dos problemas de Cambuena foi resolvido”, afirmou o professor Emiliano Florindo, em nome da comunidade.
A aluna Maria Candeia, de 11 anos, fez exame da quarta classe e ficou aprovada.
Ela explicou que da iniciação à terceira classe estudou debaixo de uma árvore. Agora, disse, assimila melhor as lições. A escola vai ter merenda escolar no próximo ano lectivo e isso anima Maria Candeia e os colegas.
O objectivo da distribuição da merenda escolar é atrair as crianças às aulas e reduzir o índice de absentismo escolar.
A população constituiu a Comissão de Pais e Encarregados de Educação para colaborar na conservação da escola, que custou aos cofres do estado mais de 29 milhões de Kwanzas. O secretário do núcleo comunitário de Cambuena, Bonifácio Chinanga, assegura que a comissão está disposta a interagir com os órgãos do governo e mobilizar as populações no sentido de garantir o seu funcionamento. O secretário comunitário disse que a criação de condições nas aldeias vai impulsionar o regresso de muita gente à terra de origem. “Antes as crianças estudavam ao ar livre e debaixo das árvores, agora há confiança de que as coisas vão mudar”. Bonifácio Chinanga lamentou o reduzido número de professores na aldeia de Cambuena. São 14 professores para 3.052 alunos. O ensino conta com a participação de alguns jovens voluntários, que colaboram na instrução de crianças e adultos iletrados, informou Bonifácio Chinanga.
“O número de docentes ainda não satisfaz as necessidades. Apelamos às entidades governamentais e à Direcção Provincial da Educação a reforçar o corpo docente para integrar 1800 crianças que estão fora do sistema de ensino”, afirmou Bonifácio Chinanga.
Acesso ao Calepi
A circulação de pessoas e bens entre a sede do município de Caluquembe e a localidade de Calepi está facilitada com a inauguração , pelo vice-governador da Huíla, da ponte metálica sobre o rio Cussuca.
A montagem da estrutura, com seis metros de comprimento e 13 de largura, custou mais de 14 milhões de Kwanzas, no âmbito do Programa Municipal Integrado de Combate à Pobreza. O munícipe Eduardo Pacheco lembrou que a falta da ponte dificultava a travessia de pessoas e bens agrícolas, sobretudo no tempo das chuvas, em que o caudal do rio Cussuca transborda.
O motociclista Camaty Pacheco foi um dos primeiros a passar pela nova ponte. Disse que é segura e reduz os problemas enfrentados durante os últimos tempos pela população, para escoar mercadoria do campo para a sede municipal.
“Este rio sem a ponte era um obstáculo para as pessoas que todos dias precisavam de transitar para a vila. Agora, vamos conseguir transportar os passageiros e os camponeses podem levar para o mercado milho, massango, tomate, batatas e cabritos para o mercado”, disse Camaty Pacheco.
Água potável
A população do bairro São José, arredores de Caluqembe, está a consumir água potável. O vice-governador da Huíla para a Área Técnica e Infra-estruturas inaugurou um sistema de captação e fornecimento de água.
A construção do sistema de captação foi financiada pelo Programa Água para Todos e custou mais de 24 milhões de Kwanzas. Vai bombear a partir da captação subterrânea, centenas de metros cúbicos de água para dez mil habitantes dos bairros vizinhos.O fontenário, alimentado com energia solar, integra, além do furo de água de 34 metros de profundidade, uma lavandaria com quatro tanques, um reservatório de três mil litros e balneários públicos.
“Este sistema de fornecimento vai resolver os problemas de falta de água e contribui para melhorar a nossa vida porque acabam as doenças provocadas pelo consumo de água imprópria. Tudo faremos para que tenha um funcionamento duradouro”, prometeu um morador.
Alegria dos beneficiários
Os habitantes das aldeias da região manifestaram satisfação pelas novas infra-estruturas, num dia marcado por festa que se prolongou noite dentro. “A comunidade de Kuilo-Galileia vai conservar a infra-estrutura para as futuras gerações terem condições favoráveis para a sua formação”, disse o soba Domingos Eduardo, manifestando a sua alegria pela escola que a comunidade ganhou pela primeira vez desde a conquista da Independência Nacional.
Domingos Eduardo disse que as autoridades tradicionais, pais e encarregados de educação mobilizaram a comunidade para vigiar e limpar a escola.
Joaquina Sapalo da aldeia de Kuilo-Galileia está entusiasmada porque na reabertura das aulas vai estudar. Quer aproveitar a oportunidade para continuar os estudos no ensino de adultos. “O meu filho que está na quarta classe pede-me para ajudá-lo a resolver os trabalhos de casa, mas não posso porque só estudei até à segunda classe. Quero continuar a estudar, para ajudar os meus filhos pequenos quando começarem a estudar”, disse Joaquina Sapalo.
O professor Tito Ismael considerou a ponte metálica sobre o rio Cussuca importante para a comunidade: “faço este trajecto quase todos os dias para dar aulas em Caluquembe. As deslocações ficam, agora, mais fáceis e seguras”.
O administrador municipal, Alexandre Chitacumbi, disse que as acções de desenvolvimento e combate à Pobreza são passos concretos e seguros para a solução das principais preocupações da população. O programa dá prioridade às zonas suburbanas e rurais com carência de serviços sociais básicos de saúde, água e educação.
As dúvidas da população do sector de Cambuena, na comuna de Negola, estão dissipadas e ultrapassadas. A escola desejada pelos habitantes da localidade foi inaugurada e dispõe de seis salas de aulas, devidamente equipada, gabinete do director e área administrativa.
A escola de Cambuena e outros empreendimentos sociais, inaugurados em Calquembe pelo vice-governador para a Área Técnica e
Infra-estruturas, Nuno Mahapi, foram financiados pelo Programa
Municipal Integrado de Desenvolvimento e Combate à Pobreza.
No próximo ano lectivo, a escola primária vai receber 720 alunos no
ensino primário que estudavam ao relento. A comunidade quer
aproveitar também a nova escola para o ensino inclusivo da quinta à nona classe de adultos.
“Duvidámos que alguma vez tivéssemos aqui uma escola como esta, mas a realidade está à vista, neste novo edifício. É um momento de alegria porque um dos problemas de Cambuena foi resolvido”, afirmou o professor Emiliano Florindo, em nome da comunidade.
A aluna Maria Candeia, de 11 anos, fez exame da quarta classe e ficou aprovada.
Ela explicou que da iniciação à terceira classe estudou debaixo de uma árvore. Agora, disse, assimila melhor as lições. A escola vai ter merenda escolar no próximo ano lectivo e isso anima Maria Candeia e os colegas.
O objectivo da distribuição da merenda escolar é atrair as crianças às aulas e reduzir o índice de absentismo escolar.
A população constituiu a Comissão de Pais e Encarregados de Educação para colaborar na conservação da escola, que custou aos cofres do estado mais de 29 milhões de Kwanzas. O secretário do núcleo comunitário de Cambuena, Bonifácio Chinanga, assegura que a comissão está disposta a interagir com os órgãos do governo e mobilizar as populações no sentido de garantir o seu funcionamento. O secretário comunitário disse que a criação de condições nas aldeias vai impulsionar o regresso de muita gente à terra de origem. “Antes as crianças estudavam ao ar livre e debaixo das árvores, agora há confiança de que as coisas vão mudar”. Bonifácio Chinanga lamentou o reduzido número de professores na aldeia de Cambuena. São 14 professores para 3.052 alunos. O ensino conta com a participação de alguns jovens voluntários, que colaboram na instrução de crianças e adultos iletrados, informou Bonifácio Chinanga.
“O número de docentes ainda não satisfaz as necessidades. Apelamos às entidades governamentais e à Direcção Provincial da Educação a reforçar o corpo docente para integrar 1800 crianças que estão fora do sistema de ensino”, afirmou Bonifácio Chinanga.
Acesso ao Calepi
A circulação de pessoas e bens entre a sede do município de Caluquembe e a localidade de Calepi está facilitada com a inauguração , pelo vice-governador da Huíla, da ponte metálica sobre o rio Cussuca.
A montagem da estrutura, com seis metros de comprimento e 13 de largura, custou mais de 14 milhões de Kwanzas, no âmbito do Programa Municipal Integrado de Combate à Pobreza. O munícipe Eduardo Pacheco lembrou que a falta da ponte dificultava a travessia de pessoas e bens agrícolas, sobretudo no tempo das chuvas, em que o caudal do rio Cussuca transborda.
O motociclista Camaty Pacheco foi um dos primeiros a passar pela nova ponte. Disse que é segura e reduz os problemas enfrentados durante os últimos tempos pela população, para escoar mercadoria do campo para a sede municipal.
“Este rio sem a ponte era um obstáculo para as pessoas que todos dias precisavam de transitar para a vila. Agora, vamos conseguir transportar os passageiros e os camponeses podem levar para o mercado milho, massango, tomate, batatas e cabritos para o mercado”, disse Camaty Pacheco.
Água potável
A população do bairro São José, arredores de Caluqembe, está a consumir água potável. O vice-governador da Huíla para a Área Técnica e Infra-estruturas inaugurou um sistema de captação e fornecimento de água.
A construção do sistema de captação foi financiada pelo Programa Água para Todos e custou mais de 24 milhões de Kwanzas. Vai bombear a partir da captação subterrânea, centenas de metros cúbicos de água para dez mil habitantes dos bairros vizinhos.O fontenário, alimentado com energia solar, integra, além do furo de água de 34 metros de profundidade, uma lavandaria com quatro tanques, um reservatório de três mil litros e balneários públicos.
“Este sistema de fornecimento vai resolver os problemas de falta de água e contribui para melhorar a nossa vida porque acabam as doenças provocadas pelo consumo de água imprópria. Tudo faremos para que tenha um funcionamento duradouro”, prometeu um morador.
Alegria dos beneficiários
Os habitantes das aldeias da região manifestaram satisfação pelas novas infra-estruturas, num dia marcado por festa que se prolongou noite dentro. “A comunidade de Kuilo-Galileia vai conservar a infra-estrutura para as futuras gerações terem condições favoráveis para a sua formação”, disse o soba Domingos Eduardo, manifestando a sua alegria pela escola que a comunidade ganhou pela primeira vez desde a conquista da Independência Nacional.
Domingos Eduardo disse que as autoridades tradicionais, pais e encarregados de educação mobilizaram a comunidade para vigiar e limpar a escola.
Joaquina Sapalo da aldeia de Kuilo-Galileia está entusiasmada porque na reabertura das aulas vai estudar. Quer aproveitar a oportunidade para continuar os estudos no ensino de adultos. “O meu filho que está na quarta classe pede-me para ajudá-lo a resolver os trabalhos de casa, mas não posso porque só estudei até à segunda classe. Quero continuar a estudar, para ajudar os meus filhos pequenos quando começarem a estudar”, disse Joaquina Sapalo.
O professor Tito Ismael considerou a ponte metálica sobre o rio Cussuca importante para a comunidade: “faço este trajecto quase todos os dias para dar aulas em Caluquembe. As deslocações ficam, agora, mais fáceis e seguras”.
O administrador municipal, Alexandre Chitacumbi, disse que as acções de desenvolvimento e combate à Pobreza são passos concretos e seguros para a solução das principais preocupações da população. O programa dá prioridade às zonas suburbanas e rurais com carência de serviços sociais básicos de saúde, água e educação.
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