terça-feira, 1 de junho de 2010

Piqueniques de Famílias e Amigos de Caluquembe

 

 

O prazer do reencontro e a alegria de reviver, não são contos, são a nossa maneira de ser e estar…

No primeiro domingo de Julho, acontece sempre um Piquenique de Famílias e Amigos de Caluquembe.

 

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20º Encontro de famílias e amigos de Caluquembe

 

 

Para que todos nos sentíssemos confortáveis e por ter sido eu a sugerir a Ponta do Mato – Ponta dos Corvos, para o piquenique anual dos amigos de Caluquembe, às 5:00 horas da manhã dirigi-me ao local para reservar uma bela sombra e mesas que a Câmara Municipal do Seixal aí colocou. Infelizmente a Ponta do Mato já não é o que era. Para além de se encontrar super lotada, não se respeitam os espaços dos grupos instalados.

No entanto, embora apertados passamos o dia em ameno convívio.

Sinto-me profundamente grata, pela presença do Rui Fausto Lourenço e da esposa que vieram de Coimbra para estar connosco. A todos, familiares e amigos o meu obrigado pela vossa presença. Que possamos no próximo ano encontrarmo-nos todos de novo.

Obrigada ao Joca pela sua musica e por me ter ajudado a assar as carnes e sardinhas.

 

 

Joca Rodrigues

 

Canção que vamos adoptar para futuros encontros

 

 

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Piqueniques de Famílias e Amigos de Caluquembe – 2009

 

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Piqueniques de Famílias e Amigos de Caluquembe – 2004

 

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Piqueniques de Famílias e Amigos de Caluquembe  - 1994

 

 

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Educação, Principal Pilar da Soberania de Angola









quinta-feira, 27 de maio de 2010

Angola - O meu regresso

 

 

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Procurando ser breve, passo a descrever os momentos que vivi, quando cheguei a Caluquembe:

A câmara de filmar foi-me emprestada  e estava limitada a uma bateria e uma cassete de 1 hora. Às vezes encontrava-me, só, e não foi possível, recolher cenas e momentos indescritíveis.

Quando surgiam não tinha bateria, e quando tinha bateria não havia nada para captar. Só podia carregar a bateria na Missão Católica de Santiago, onde havia electricidade das 19:00 às 21:00 Horas.

Por não ter pedido autorização às autoridades, raramente saía do carro para obter imagens da vila. Mais tarde, obtive autorização, mas tinha-se esgotado a cassete ou a bateria e também já havia filmado toda a vila.

Para todos os que viveram em Caluquembe, ou por esta vila passaram, não podia deixar de partilhar as imagens que colhi, quando lá estive em Dezembro de 2003.


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Esta serie de 11 videos, é especialmente dedicada ao meu grande amigo Mandinho. Companheiro fiel nesta Odisseia Pós guerra em Angola

Parte 1


Parte 2


Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6


Parte 7

Parte 8

Parte 9

O momento mais marcante, deste regresso, foi o reencontro com dois grandes amigos: Chingando e Isabel. Quando o Chingando me reconheceu, não me deu tempo de pousar a câmara, ficando esta, a filmar o chão, enquanto em lágrimas me abraçava. A Isabel, desatou num pranto, sendo esta a forma que encontrou, para exteriorizar a sua emoção.


Parte 10

Parte 11

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Regressei aos teus braços

Oh querida terra mãe!
A tristeza podes apagar.
Regressei aos teus braços,
que provam a força dos nossos laços
aos homens que os tentaram quebrar.
Na companhia de Deus te revi
e só Ele sabe como te senti.
Ao chegar, logo estendeste a mão.
Aí começou a minha emoção,
que se apoderou de mim
entrelaçada no teu calor sem fim.
Fui até à Huíla.
A sua vila visitei.
Aí, senti a sua gente tranquila,
onde me reencontrei.
Os espíritos antepassados me falaram
porque a minha alma encontraram.
Com deus os revi assim,
para os recordar no tempo sem fim!

*Jorge Rodrigues de Caluquembe*


 Fotos e vídeos da autoria de Ana Paula Rodrigues



 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A minha terra

"Que seria de nós
se não tivéssemos memória?...
Esqueceríamos as nossas amizades,
os nossos amores, as nossas lutas,
os nossos trabalhos. (...)
A nossa existência reduzir-se-ia
aos instantes sucessivos
do momento actual
que foge sem cessar.
A nossa vida é tão vã que, no fundo,
ela não é mais que o reflexo
da nossa memória."

Chateaubriand
      
1 Caluquembe 1974


2
Caluquembe 2003

Advertência
Este texto, refere-se ao tempo da administração portuguesa (Colónia, Província e Estado).  São citados pelos nomes que tinham até à data da independência.
CALUQUEMBE, concelho situado a 13, 78º de latitude sul e 14,68º de longitude este, entre-os-rios Sandula e Etonga, a 1 769 metros de altitude e de clima subtropical.
Foi criado pela Portaria 14 061 de 13.12.1965, com Câmara Municipal. É limitado a norte pelos rios Cubal da Hanha e Catumbela; a oeste pelos rios Cuilo e Qué; a este pelo rio Cué e a sul pelos rios Cerem e Qué.
Outros rios: - Cuando, Tambe e Cucala.
Com uma área de 4 249 km2, e uma população de 68 299 (1970).
Economia:
Agricultura – Milho, trigo, feijão, café, massango, massambala, batata, batata-doce, fruta e hortaliça. Algum sisal e café arábica.
Pecuária – Gado bovino, suíno e caprino. Aves de capoeira.
Industria – Salsicharia (Vila Branca) e cerâmica.
Comércio local importante
Oficinas e postos de abastecimentos.
A vila é atravessada por carreiras de camionagem e tem pista de aterragem.
Missões católicas (Cola e Santiago); a Missão Evangélica Filafricana, (protestante) tem hospital, escola de monitores de agricultura, primária e bíblica.
A vila de Caluquembe tem Igreja, Clube Recreativo e Desportivo, Parque Infantil c/piscina, Edifício da Administração e Correios; Hotel, Pensões, Estações de Combustíveis (Móbil, Texaco e Fina). Posto Sanitário, energia eléctrica e oficina mecânica.
Turismo:
Nascente do rio Coporolo, próximo de uma fazenda que era propriedade de um alemão de nome Hey.
“Embala” dos sobas, situada num monte chamado Nandu e Etonga.
Montes azuis da serra da Hanha, Pidiangolo.
Termas do Tambe, com águas sulfurosas quentes (60º C.), indicadas para tratamento de reumatismo e outras doenças.
Caluquembe, foi posto do concelho de Caconda da então província de Benguela, criado pela Portaria Provincial nº 233 de 8.12.1916.
O foi constituído concelho em 1965.
Abrangia além do da sede, os seguintes postos administrativos:
Negola, situado próximo do rio Cussece, a 1 595 m de altitude e de clima subtropical.
Economia:
Agricultura - Milho, trigo, feijão, citrinos, etc.
Pecuária - Gado bovino, suíno e caprino.
Comércio local.
Pensão.
O posto é atravessado por carreiras de camionagem.
Cursos de água: - Qué e Cussece, Cuvelai, Chiba com lago e Chingue.
Foi posto do concelho de Quilengues, passando em 1965 ao concelho de Caluquembe.
Dista por estrada, 56 km de Caluquembe, 57 km de Quilengues, 150 de Sá da Bandeira.
Na serra de Negola (N’gola) existe uma muralha fortificada de interesse (arqueologia).
Outros lugares: - Gando, Chinuangolo, Camucuio e Java.
Calepe ou Calepi, está situado entre-os-rios Cuílo e Qué.
Clima subtropical.
O posto foi criado em 1974.
A sede do posto, dista por picada, 23 km da sede do concelho.
Rio – Cussuca.
Outras povoações do concelho:
Vila Branca, situado junto do rio Qué onde se localiza uma salsicharia, comércio e pensão; Vatuco, Cucala, Cacomba, Gando, situado entre os rios Cussece e a nascente -do Cuvelai; Cuando, situado junto da nascente do rio Cuando; Chinuangolo, Capele, Cambunde, Bomba, situado junto do rio Qué; Caála, Chilunda, Tambe, situado junto do rio Tambe ou Tambi; Nonduo, Chituto, situado junto do rio Cuvelai.
Comerciantes e outras pessoas de Caluquembe (alguns):
José Maria Rodrigues, Camilo Reis Rodrigues, Jorge Rodrigues, Alfredo Henriques, Alfredo Oliveira Tavares, Francisco Andrade, Victorino Rodrigues, Luís Vilhena, Ruas da Silva. Adão Rodrigues, Adorindo Teixeira, Elísio Silva, Eusébio Dinis, Saúl, Gomes, Gabriel Caíres, Domingos Nunes, Manuel Nunes, Abílio Correia, Mário Baptista, Armando Baptista, Paiva (Rei Baco) António Santos, Costa, Carlos de Freitas, Armindo Mendonça, João Mendonça, Jordão, Cardoso, Agostinho Henriques.
Gando: - Emídio Rodrigues e filhos.
Chinuangolo: - António Rosa Rodrigues, Álvaro.
Chituto: - Toneco Monteiro.
Calepi – José da Silva Carvalho, Orlando Mendes, Acácio Castilho, José Godinho, José
Correia, etc.
Vatuco: - António Ferreira, Costa, etc.
Bomba: - Tenrreiros.
Vila Branca: - António Duarte Moura e filhos (Salsicharia, Agricultura e Comércio, mais tarde, vendida à Companhia Trancoso Vaz de Benguela); Moreira da pensão, Pais Machado e filhos, etc.
Cuando: Manuel Jesus.
Cacomba: - Gouveia, Caldas.
Negola: - Floriano, Toni, Cravo, Adão Rodrigues, Ventura.
Funcionários administrativos:
Posto administrativo (-1916-1965)
Chefes de posto (alguns): - Ferreira, Costa, Lélinho, Graça, Antunes da Silva, Leonildo de Magalhães Varandas, Adriano da Costa Fernandes.
Aspirantes (alguns): - Ângelo Rodrigues dos Santos.
Concelho - (1965-1975):
Administradores: Maurício, Matoso Pio, Norberto Fernandes, Coutinho, Gomes,
Secretários: Lourenço, Barreto, Largo Antunes, Magalhães, Mendes.
Aspirantes: (alguns) - Agostinho Queirós Ramada, Alexandre.
Funcionário (alguns) – José Amador Reis Rodrigues, António dos Santos Júnior, Van der Keller, Gamboa, Bandeira, Rocha, Antunes, Amélia Andrade, Sofia, etc.
Texto de Gino Rodrigues

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