segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dulce Maria Cardoso fala sobre «O Retorno» no Câmara Clara

 

 
O Retorno
Dulce Maria Cardoso
«Dulce Maria Cardoso, a partir deste "O Retorno", deve ser incluída no panteão dos escritores maiores.»
 
 

 


O Retorno


Dulce Maria Cardoso


«Dulce Maria Cardoso, a partir deste "O Retorno", deve ser incluída no panteão dos escritores maiores.»

 

1975 Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras.

Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa.

Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia.

A adolescência torna­-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança.

África sempre presente mas cada vez mais longe.

Veja aqui os outros livros da colecção de ficção portuguesa.


 


Na imprensa:


«É muito, muito difícil um livro assustar-nos e comover-nos desta forma. Comover-nos com a fragilidade daquela mãe, com a sua necessidade de acreditar que o pai vai voltar. Comover-nos com as lágrimas de uma miúda que é apalpada por ser retornada. Com a amizade entre o puto e o porteiro do hotel que lhe oferece uma bicicleta velha. Com aquela irmã que tenta fingir que é de “cá”. (...) É um país pequeno, desconfio que pouco sereno, neurótico porque rejeita a sua agressividade, mas é também um país que tem meia dúzia de pessoas que se recusam a enterrar a cabeça na areia, que retiram camadas à mentira que cobre os nossos dias. É gente de coragem, é gente de brio. É gente como Dulce Maria Cardoso que, a partir deste "O Retorno", deve ser incluída no panteão dos escritores maiores, aqueles que escrevem com vísceras.»


João Bonifácio, «Público», 5 estrelas


 

«Dulce Maria Cardoso encontra o registo certo em todas as cenas, emocionado e seco, triste e orgulhoso, cheio de culpa e incerteza, de palavras africanas que eram o português angolano, de recordações epocais, como fotonovelas ou marcas de uísque. É essa história visivelmente vivida, sem demagogia nem rasuras, que faz de "O Retorno" um romance há muito aguardado.»

Pedro Mexia, «Expresso», 4 estrelas

 

«(...) uma precisão narrativa e uma clareza de estilo absolutamente admiráveis.»

José Mário Silva, «Ler»

 

«Dulce Maria Cardoso, provavelmente a mais importante escritora da sua geração, publica "O Retorno", o primeiro caso sério de reflexão literária sobre os 500 mil retornados que aterraram em Portugal em 1975. Embora a escritora, vinda de Angola, fosse um deles, isto não é “um ajuste de contas” com o passado. Mas talvez seja um ajuste de contas com a obra dela.»

José Riço Direitinho, «Público»

 

«Há quem a considere uma autora genial. (...) Os seus livros têm tido mais fortuna fora de Portugal, tanto em edições estrangeiras como na atribuição de um prémio europeu de literatura. O quarto romance poderá aproximá-la de um público mais vasto. Desde logo pelo tema. "O Retorno" narra a saga dos 600 mil portugueses que regressaram de África em situações dramáticas depois do 25 de Abril.»


Carlos Vaz Marques, «Ler»

 

 

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